Fiocruz libera vacina de Oxford para distribuição aos estados

LogĂ­stica cabe ao MinistĂ©rio da SaĂșde

Por Redação Portal Fri Notícias em 23/01/2021 às 19:43:30
Vacina de Oxford chega ao Brasil.(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Vacina de Oxford chega ao Brasil.(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) liberou neste sĂĄbado, (23), para distribuição aos estados, as doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela biofarmacĂȘutica AstraZeneca, importadas da Índia. A logĂ­stica de distribuição cabe ao Ministério da SaĂșde. No fim da tarde deste sĂĄbado, foram aplicadas as primeiras doses no Brasil.

Receberam a vacina o infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (INI/Fiocruz) Estevão Portela e a médica pneumologista do Centro de ReferĂȘncia Professor Helio Fraga, também da Fiocruz, Margareth Dalcolmo. Os dois atuam na linha de frente da assistĂȘncia a pacientes com covid-19 desde o inĂ­cio da pandemia e receberam as vacinas no Complexo da Fiocruz, na zona norte do Rio de Janeiro.

Após ser vacinada, a médica Margareth Dalcolmo disse que hoje é dia simbólico, de muita esperança e sobretudo de muita confiança nas instituições do paĂ­s. Margareth Dalcolmo acrescentou que hoje também é um dia para homenagear os profissionais de saĂșde do Brasil inteiro que estão de plantão nas unidades de terapia intensiva (UTIs) e nas emergĂȘncias, cuidando diretamente dos pacientes.

"Estou seguramente sorrindo, mas pela esperança. Em primeiro lugar não é uma esperança vã, é uma esperança da confiança objetiva nas instituições brasileiras, na força do SUS e em todos que desde o inĂ­cio da pandemia, do carnaval do ano passado, estão comprometidos e continuam trabalhando", disse.

A terceira pessoa a receber a dose foi a médica Sarah Ananda Gomes, que é coordenadora da equipe de Cuidados Paliativos no Hospital Felicio Rocho.

A presidente da Fiocruz, NĂ­sia Trindade, prestou solidariedade ao estado do Amazonas que enfrenta uma séria contaminação pela covid-19.

Liberação das doses

A vacinação ocorreu logo após a Fiocruz começar a liberar os 2 milhões de doses de vacinas prontas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI/MS). O primeiro caminhão com parte da carga saiu às 14h18 da Fiocruz e foi direto para um centro de logĂ­stica também na zona norte para iniciar a separação das caixas que serão distribuĂ­das aos estados. Ao todo, serão etiquetadas 4 mil caixas, cada uma com 50 frascos e 500 doses da vacina. Depois da etiquetagem, ocorrerĂĄ a liberação de documentação pela garantia da qualidade.

Segundo a Fiocruz, ainda na manhã de hoje foram coletadas amostras pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em SaĂșde (INCQS/Fiocruz) para anĂĄlise de protocolo e liberação do produto para que o Programa Nacional de Imunizações possa distribuir as doses aos estados. "Toda a operação para liberação das vacinas segue normalmente, sem intercorrĂȘncias e dentro do cronograma", informou.

As doses importadas do Instituto Serum da Índia, um dos centros produtores da vacina de Oxford-AstraZeneca, chegaram à Fiocruz por volta de 1h deste sĂĄbado, após serem recebidas no Aeroporto Internacional Tom Jobim RIOGaleão, na zona norte do Rio. O avião que trouxe as vacinas de São Paulo, aonde chegaram da Índia em voo comercial, pousou no Rio às 22h. Os ministros da SaĂșde, Eduardo Pazuello, de Relações Exteriores, Ernesto AraĂșjo, a presidente da Fiocruz, NĂ­sia Trindade, e o embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy estavam presentes. De lĂĄ, as doses seguiram em caminhões para Bio-Manguinhos/Fiocruz, onde foi feito o trabalho de anĂĄlise de segurança com medição de temperatura e de etiquetagem dos dois milhões de doses.

Em agosto do ano passado, a Fiocruz assinou um acordo com a Oxford e a AstraZeneca para transferĂȘncia de tecnologia e produção da vacina no Brasil. A expectativa é que a produção comece em março. Ontem, após a chegada das doses no Aeroporto do Rio, o ministro da SaĂșde disse que a chegada do lote é o inĂ­cio do processo no paĂ­s. "Esses dois milhões de doses são apenas o inĂ­cio. É o começo do processo. Estamos negociando receber mais doses no começo de fevereiro e o IFA [Ingrediente FarmacĂȘutico Ativo] necessĂĄrio para que a Fiocruz comece a produzir até 15 milhões de doses por mĂȘs. Nosso paĂ­s precisa de produção nacional", disse Pazuello.


Por: AgĂȘncia Brasil

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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