Aplicativo ajuda combater mosquito da dengue em Itaperuna, RJ.

Com o aplicativo é possível monitorar a presença das fêmeas do Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, chikungunya, zika, febre amarela entre outras doenças.

Por Redação Portal Fri Notícias em 27/02/2023 às 22:04:41
Com o aplicativo é possível que todas as unidades de saúde do município lancem informações de atendimentos a pacientes, com suspeitas ou contaminados pelo Aedes aegypti. (Foto: Divulgação)

Com o aplicativo é possível que todas as unidades de saúde do município lancem informações de atendimentos a pacientes, com suspeitas ou contaminados pelo Aedes aegypti. (Foto: Divulgação)

A Coordenação de Vigilância Ambiental em Saúde (CVAS), de Itaperuna, RJ, vem realizando uma série ações para combate do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

O município agora conta com uma importante ferramenta para ajudar a população no combate ao mosquito da dengue. Um aplicativo, desenvolvido pelo programador e técnico em informática Leonardo Carvalho, consegue mapear as localidades com maior índice de notificação de pessoas suspeitas de arboviroses.

Com o aplicativo é possível monitorar a presença das fêmeas do Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, chikungunya, zika, febre amarela entre outras doenças. Através desse mapeamento, possíveis pontos onde foram detectados a presença do mosquito, é possível ampliar as ações de bloqueios focal (dentro das casas), perifocal (quintal) e UBV (carro fumacê).

A metodologia desenvolvida e implementada no aplicativo é pioneira no Estado do Rio de Janeiro. Inclusive, durante cinco meses que ficou em fase experimental, mostrou-se totalmente eficaz, resolutivo e eficiente, ao localizar as pessoas que foram contaminadas por arboviroses, causadas por vírus transmitidos pelos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus, permitindo que a equipe realizasse ações para bloquear a proliferação dessas doenças.

Com a ferramenta é possível que as unidades de saúde do município, sendo elas, Unidade Básica de Saúde (UBS), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Posto de Urgência (P.U.), UAP (Unidade Ambulatorial Pediátrica Mariza Mozer) e hospitais lancem as informações de atendimentos de pacientes com suspeitas ou contaminados pelos vírus transmitidos pelos mosquitos. Posteriormente, as informações são inseridas no banco de dados que vão cruzar com outras plataformas; e lançadas em um mapa (tecnologia de satélite).

Com esses dados, a equipe da CVAS entra em cena e envia seus agentes de combate às endemias, para a localidade onde o paciente em questão reside, a fim de realizar a ação de supervisão, investigação, inspeção e análise da situação; para então determinar qual operação será necessária.

Carro Fumacê

Caso haja a necessidade do uso do carro fumacê, o aplicativo gera e mapeia o melhor trajeto para a ação, além de monitorar a localização do veículo em tempo real e gravar todo o trajeto. Assim, consegue-se diminuir o consumo de combustível, com o percurso exato da área de atuação, diminuindo o tempo de trabalho, economizando a quantidade de inseticida usado na ação, implicando diretamente na preservação do ambiente e proteção dos animais.

É importante frisar que o carro fumacê é usado em último caso, em situações extremas, por conter alto teor químico. A aplicação de inseticida por UBV pesado, para a forma adulta ou alado do mosquito é utilizado apenas nos casos da confirmação da doença ou do vírus no local das notificações.

O aplicativo

Ao utilizar o aplicativo, o mapa gerado pelo geoprocessamento indica dois raios de atuação, mostrando o perímetro onde deverá ser feita ação de controle vetorial do Aedes aegypti, com raios de 150 e 300 metros.

No raio de 150 metros, a equipe faz o trabalho utilizando controle mecânico, procurando focos, colhendo larvas, eliminando depósitos que possam servir de reservatórios para água parada, além de orientar os moradores com mensagens educativas e se necessário, realizar o trabalho com máquinas costais para aplicação do inseticida.

Já no raio de 300 metros é usado a UBV pesado (carro fumacê), depois de confirmada a circulação de fêmeas do mosquito, infectadas no local; positivado através de análise feita pelo laboratório de entomologia. Somente nestas circunstâncias, é que se cogita a necessidade do uso do carro fumacê.

Em todo o ano de 2022, o município de Itaperuna notificou 1.287 casos de pessoas com sintomas da dengue, com 324 confirmados e 838 descartados. Os outros 125 casos seguem em investigação.

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