Número de mortos pelas chuvas em Petrópolis, RJ, sobe para 122.

Até o momento, 116 pessoas estão desaparecidas. No fim da tarde desta quinta-feira, (17), voltou a chover forte.

Por Redação Portal Fri Notícias em 16/02/2022 às 06:19:00
Ruas ficaram devastadas pelas águas (Foto: Redes Sociais)

Ruas ficaram devastadas pelas águas (Foto: Redes Sociais)

O número de mortes causado pelo forte temporal que caiu na última terça-feira, (15), em Petrópolis, RJ, chega a 122, informou a Secretaria Estadual de Defesa Civil nesta sexta-feira, (1&). Trabalho de apuração é realizado em conjunto com o IML e oficiais do Posto Regional de Polícia Técnica e Científica da Polícia Civil.

Ate agora, 57 corpos foram identificados, e outros 30, liberados.

Nesta quinta-feira, (17), voltou a chover forte no município e ruas voltaram a ficar alagadas. As buscas por desaparecidos foram suspensas para garantir a segurança das equipes.

Cerca de 400 homens do Corpo de Bombeiros realizam buscas de pessoas desaparecidas no município. Até o momento, há registro de 116 pessoas desaparecidas.

Nesta quinta-feira, (17), houve um deslizamento na 24 de Maio. Moradores da região saíram de suas casas em seguida. Houve um pouco de tumulto e tensão na Rua Tereza, próximo ao local por conta do novo deslizamento.

O tempo permanece instável no município. O Secretário Estadual de Defesa Civil, Coronel Leandro Monteiro, explicou que não pode avançar com tratores ou máquinas pesadas no momento em qualquer lugar. Ele afirmou que a corporação ainda espera resgatar pessoas com vida.

"Nestes locais onde a população pede o uso de máquinas, nós não podemos entrar com máquinas agora. O Corpo de Bombeiros acredita encontrar pessoas com vida ali. Eu não posso remover o solo da maneira que eles querem," disse o secretário.

Até o momento, 705 pessoas foram encaminhadas para pontos de apoio do município e 24 pessoas foram resgatadas com vida. A forte chuva causou diversos pontos de alagamentos e deslizamentos no município. Carros foram arrastados e casas invadidas pelas águas. No Morro da Oficina, local mais afetado pelas chuvas, no Alto da Serra, é o local mais crítico do município. Várias casas foram atingidas por um deslizamento, onde, pelo menos 54 casas foram destruídas pelas chuvas, informou o Corpo de Bombeiros.

Ainda não há como calcular o número de pessoas que possam estar soterradas neste deslizamento. Corpos foram encontrados pelo Centro da cidade após as águas começarem a baixar.

Grande parte do município está sem energia. A prefeitura orienta que a população só saia de casa em caso de necessidade.

Ruas do Centro ficaram cheias de lama após temporal. (Foto: Redes Sociais)

Em boletim divulgado na madrugada de quarta-feira, (16), a Defesa Civil informou que o maior registro horário é de 125.8 milímetros às 17h15 no pluviômetro Alto da Serra (INEA). No São Sebastião, o acumulado pluviométrico em 6 horas chegou a 259.8mm às 21h10, número muito alto em relação ao esperado para um mês, que seria cerca de 282 milímetros. A força das águas invadiu comércios na região e arrastou carros.

Na Rua Tereza, um dos principais centros comerciais da cidade, um deslizamento de terra causou um amontoado de carros e lama na via, cenas inacreditáveis.

Na Avenida Washington Luís, um buraco se formou às margens da via e a força da água arrancou parte do asfalto. Já na Rua Coronel Veiga, dois ônibus foram arrastados pela força das águas para dentro do rio. Vídeo divulgado nas redes sociais, mostra o desespero dos passageiros que tentavam sair dos coletivos, onde muitos deles foram arrastados pela correnteza. Uma equipe de resgate foi enviada ao local, porém, não encontraram ninguém nos coletivos. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis (Setranspetro), os funcionários que trabalhavam nos dois ônibus, conseguiram sair com vida.

Dois ônibus foram parar dentro do rio na Rua Coronel Veiga. (Foto: Redes Sociais)

Durante o dia, na quarta-feira, (16), foi possível acompanhar o estrago causado pelas chuvas. O Centro Histórico ficou completamente alagado com vários veículos abandonados e outros totalmente destruídos pelas ruas e até mesmo dentro do rio, em um cenário de completa devastação. A Prefeitura decretou estado de calamidade no município e equipes de hospitais foram reforçadas para atendimento.

Veículos destruídos dentro do rio no Centro de Petrópolis. (Foto: Redes Sociais)

Na terça-feira, (15), o Governador Cláudio Castro cancelou a agenda e seguiu para a cidade serrana. Na quarta, (16), ele concedeu uma coletiva de imprensa junto do prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo e do Secretário Estadual de Defesa Civil, Leandro Monteiro.

"Foi a pior chuva desde 1932. Realmente, foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária" disse Cláudio Castro

A Prefeitura informou que todos os pontos de apoio estão disponíveis para atender a população de áreas de risco. Confira os pontos:

- Centro de Educação Infantil Chiquinha Rolla

- Escola Estadual Augusto Meschick

- Escola Municipal Alto Independência

- Escola Municipal Ana Mohammad

- Escola Municipal Doutor Paula Buarque

- Escola Municipal Doutor Rubens de Castro Bomtempo

- Escola Municipal Duque de Caxias

- Escola Municipal Governador Marcello Alencar

- Escola Municipal Odette Fonseca

- Escola Municipal Papa João Paulo II

- Escola Municipal Rosalina Nicolay

- Escola Municipal Stefan Zweig

- Escola Paroquial da Igreja Bom Jesus

- Quadra do Boa Esperança Futebol Clube

- Paróquia São Paulo Apóstolo no bairro de Copacabana


Comunicar erro

Comentários

003 Banner Anuncie Fri Duplo (tela principal e posts)